Viver é como abrir câmera para a paisagem.
Contar o que vivemos é como clickar.
Capturar.
Porque não é sempre sobre o presente.
É sobre processar o presente.
É o presente alguns segundos mais.
Sem pressa de embora, para que tudo seja absorvido.
Como qualquer informação leva tempo para ser registrada por uma máquina.
Armazenada.
Agora entendo: minha falta de memória é falta de fé.
Falta de amor ao vivido, para nele me estender.
Só por uns segundos mais.